As compras de sábado no mercado de Alvalade #4

Como é fim do mês, hoje foi dia de repor o stock de proteína cá em casa. Para além das compras habituais, a dose de carne e peixe foi mais reforçada! E nesta jornada de idas ao mercado já conseguimos eleger os nossos "fornecedores" favoritos.

O "Horácio e a Teresa" são os meus eleitos no peixe. Na minha opinião, praticam preços um bocadinho abaixo da média, tem sempre muita variedade de peixe e hoje tive a prova da qualidade que nos oferecem: o peixe espada que eu escolhi (escolhi-o por ser o mais pequeno e portanto o mais adequado às nossas necessidades), não estava em condições... Mas eu, só tive conhecimento disso porque me foi dito por eles, quando o estavam arranjar. Recusaram-se a vende-me o peixe naquele estado e acabei por trazer o maior. Sim, ganharam eles. Mas também ganhei eu, na confiança do peixe que como actualmente. Esta banca tem apenas um senão, para quem quiser experimentar convêm ir com tempo e alguma paciência, porque a procura é tanta que têm um sistema de senhas e nas horas mais críticas, a espera pode ser longa... Mas aceitam multibanco e cartões de refeições.

No que diz respeito à carne, o "Talho do Alcides" todas as semana nos surpreende. Esta semana a novidade foi o frango do campo! Vamos ver se qualidade corresponde ao aspecto, porque esse não poderia ser melhor. E se tivermos a sorte de ser atendidos pelo Sr. Alcides, ainda vimos para casa com uma série de dicas de culinária bem interessantes! 

Por falar em take-away...

É provavelmente o melhor take-away de Sushi que conheço! E mesmo à porta de casa! Claro que não estamos a falar do típico restaurante de sushi (onde se deixa lá um ordenado!!!) mas dentro do estilo é bem bom!

E sim, sushi não é paleo! E sim, se for tradicional deve ser lá mais para o outro lado do mundo do que propriamente em Lisboa... Mas a verdade é que virou moda em Lisboa e é dos "prevaricos não-paleo" que menos culpas me deixa!

Para os dias em que se sai tarde, não apetece cozinhar e o cansaço já é mais que muito... Sabe maravilhosamente bem! Recomendo!

As compras de Sábado no Mercado de Alvalade #3

 

 

 

Esta semana a despensa ainda estava  composta, por isso a ida ao mercado foi apenas para repor o que se tinha gasto durante a semana e comprar alguns ingredientes para jantar com amigos durante o fim-de-semana.

 As bananas foram compradas numa banca diferente (fui procurar algo mais barato e estas estavam a 0,99€/kg), mas a mudança não compensou... Apesar de verdes estão já bastante maduras por dentro. Típico episódio do famoso ditado "o barato sai caro"...

Comprei também tiras de pota fresca (que por acaso não se vê na imagem) e acho que estavam a um preço simpático (4,99€/Kg). Mas ainda falta avaliar a qualidade das mesmas porque foram direitas ao congelador. 

O “artigo” da semana foi o Manjericão! Mas pela negativa… Adoro manjericão e este foi comprado para um menu já definido, mas fiquei boquiaberta quando me pediram 1€ por meia dúzias de folhas (como podem ver em baixo)... A sorte é que tinha mesmo destino e já nem existem vestígios dele, porque cheguei à conclusão que é uma compra que não se justifica quando o destino é incerto. É um produto muito perecível e que rapidamente se estraga. Mas, rabugice à parte, eram umas belas e saborosas folhas de manjericão!

 

 

 

Produtos biológicos à porta de casa!

 

 

 

Perigo! Muito perigo!!!

Os produtos frescos não me entusiasmam... Mas esta loja está cheia de coisas boas para se comprar, experimentar e provar... A visita foi rápida, mas podia ter lá ficado horas a procurar aqueles produtos que por vezes são bastante difíceis de encontrar nos "sítios do costume" e que aqui, para além de existirem, ainda se apresentam com bastante variedade de escolha.

 

POSOLOGIA: Visitar em doses moderadas em prol do sucesso do orçamento mensal.

 

 

 

A dieta Paleo e o comércio tradicional

Lembro-me de ser miúda e os sábados de manhã serem passados na praça de Oeiras com a minha mãe, a minha avó e as minhas irmãs. Naqueles tempos, ainda não havia supermercados ao virar da esquina. Sim, eu ainda sou do tempo em que o Oeirasparque não existia! Mas basicamente, os meus hábitos de infância ficaram perdidos no tempo com o boom das grandes superfícies e a entrada na vida adolescente/adulta. 
Esta vontade, de voltar a comprar produtos no comércio tradicional não surgiu do nada... Na verdade, foi a conjugação de vários factores que me levou a esta resolução. O contacto profissional com as grandes superfícies e consequentemente perceber a estratégia que utilizam, a falta de produtos de qualidade na generalidade dos supermercados, a mudança para o bairro de Alvalade... Tudo isto levou-me a tomar a decisão de, sempre que possível, optar por fazer compras no comércio tradicional. Houve também um factor determinante nisto tudo, a mudança recente de alguns hábitos alimentares.
De há uns meses para cá, e por questões estéticas (admito!), decidi experimentar um novo regime alimentar: A Dieta Paleo ou Dieta do Paleolítico. Esta dieta foi-me "apresentada" pelo Sem Aditivos, através do Jorge e da Filipa, a quem dou os Parabéns pelo belíssimo trabalho que tem vindo a desenvolver. Mas, o que inicialmente começou por ser estética, acabou por se transformar num estilo de vida...
Não vou perder muito tempo a explicar os fundamentos da dieta, até porque não tenho ainda conhecimentos para tal (para isso remeto-vos para o Blog do Sem Aditivos, que é a minha "Bíblia" e a nível nacional acredito que é o melhor que se pode ler). Mas, de uma forma muito generalista, a dieta Paleo baseia-se nos princípios da alimentação do homem do paleolítico: Proteína (carne, peixe, ovos), gorduras, frutas e vegetais, eliminando por completo os produtos derivados do surgimento da agricultura, tais como, os cereais e todos os seus sub-produtos (pão, massas, bolachas,etc) as leguminosas, e os açúcares. Excluem-se também todos os produtos muito processados e aditivados. Esta dieta, e a sua divulgação dentro do meio social, acaba sempre por gerar uma série de piadas e contestações (como qualquer dieta, na minha opinião) mas a verdade é que na sua essência, a dieta paleo despertou em mim uma vontade ainda maior de comer melhor!
Sempre tive alguma preocupação com aquilo que consumo (provavelmente ossos do ofício...) mas ao abraçar o regime paleo, ao estudar a dieta, ao ler toda a informação a que temos acesso através da internet, percebi o quanto era importante para mim comer melhor! Produtos de mais qualidade, o mais naturais possíveis, menos transformados e, sempre que possível, confeccionados em casa...
É claro que tudo isto dá trabalho. E apesar de eu nunca ter sido uma grande adepta da fast-food, a verdade é que costumava utiliza-la em casa como S.O.S, para os dias em que se chega tarde e já não há pachorra para fazer mais nada... Mas desde que adoptei este novo regime, as “comidas prontas” não entram lá em casa. Se dá trabalho? Dá. Se às vezes custa e dá vontade de desistir? Sim!!!
Não é fácil conseguir reunir-se forças, tempo e dinheiro para ir todas as semanas ao mercado. Não é fácil, depois de um dia de trabalho, ir para casa cumprir com todas as tarefas domésticas e ainda estar preocupada em confeccionar pratos saudáveis. Não é fácil estar sempre a planear as refeições de modo a não faltarem ingredientes em casa... Sim, porque depois não há pizza no congelador que nos salve!
No entanto, e apesar de todas as dificuldades, para mim o saldo é positivo. Nos primeiros meses perdi 5kg, entretanto já recuperei dois, mas devido a asneiras minhas - admito, mea culpa. Mas o prazer de comer comida saudável, a descoberta de novos sabores, a capacidade de vibrar com receitas saudáveis e saborosas, e as melhorias físicas nomeadamente a nível intestinal e de más digestões, só me faz continuar apostar ainda mais neste novo regime.

E é a procura de uma alimentação saudável que me dá motivação para procurar, todas as semanas, produtos saudáveis e de qualidade.

As compras de Sábado no Mercado de Alvalade #2

Para esta semana, as compras no mercado foram estas! 

Tal como já disse anteriormente, as maiores diferenças de preço para mim, são no peixe e na carne... Mas até à data, sinto que a diferença vale bem a pena.

Na semana passada, os bifes de frango levaram-me às minhas memórias de infância e aos tempos em que gostava de comer bifes de frango grelhados. Nos últimos anos, os bifes de frango eram aquele tipo de refeição rápida, seca e deslavada que servia apenas para me alimentar e isto porque me limitava a comprar aqueles bifes de supermercado já embalados em couvetes de esferovite. Desde há uns meses para cá, e devido também a questões de mudanças alimentares, comecei a pedir para me cortarem no momento. Mas nada se compara aos bifes suculentos e saborosos que comi esta semana! Naaada a ver...

Mas voltando à questão dos preços, nem tudo fica mais caro no mercado. Encontrámos um presunto com bastante mais qualidade que qualquer um dos que comprávamos no supermercado, a 12€/kg. Os queijos frescos de cabra custam 1,10€/unidade, enquanto que os que habitualmente compramos custam 1,60€/unidade (não sei precisar o valor por quilo de cada um deles, mas olhando ao tamanho, a diferença deve ser pequena). O bacon custou 7,8€/kg e os carapaus estavam a 3€/kg, uma opção económica no que diz respeito às proteínas.

Para mim, ainda vale a pena fazer compras no mercado. Até porque, sabendo escolher, a qualidade compensa!

Carros anteriores a 2000 proibidos de circular no centro de Lisboa

Estou chateada... É claro que estou chateada.

Sou condutora de um carro de 1999 (bolas, é que foi mesmo pontaria), moro em Lisboa e confesso que esta nova lei não me agrada nada.

Desde de ontem, os automóveis com matrículas anteriores a 2000 e a 1996 passam a estar proibidos de circular, entre as 7h e as 21h dos dias úteis, no centro da cidade de Lisboa.

Não me interpretem mal, é obvio que sou completamente a favor das medidas ambientalistas e que não estou contra a implementação da terceira fase das Zonas de Emissões Reduzidas (ZER). A questão é que, infelizmente, questiono a verdadeira essência desta medida. Porquê nós?! Porquê os mais velhinhos e menos abonados..? Se, de facto, existe uma entidade que anualmente inspeciona todos os veículos e os aprova como aptos para circulação, porque raio é que os velhinhos são os descriminados?! Será assim tão benéfico para o ar poluído da cidade de Lisboa, a redução das emissões dos carros anteriores a 2000? Será que os grandes culpados não serão antes TODOS os carros que diariamente se deslocam em Lisboa? Sabe-se lá quantos, desnecessariamente... Será que não deveria haver uma maior igualdade de direitos e restringir o trânsito a todos em zonas específicas, por exemplo? Ou em dias diferentes para matrículas diferentes?  Sei lá...

O que eu sei é que sinto-me discriminada. O que eu sei é que não gosto da sensação da Câmara de Lisboa e o Governo Português me "obrigarem" a trocar de carro... O que eu sei é que o mais certo é um dia destes ser mandada parar pela polícia, porque a minha "geografia lisboeta" ainda não é assim tão boa, e nem me apercebi que estou numa zona PROIBIDA.

Cabeleireiro "low-cost"

E quando o tradicional também consegue ser "low-cost"?

Em pleno bairro de Alvalade este cabeleireiro defende os preços "low-cost", mas o atendimento ainda é à moda antiga!

Aqui, pagamos pouco mas somos recebidos com a simpatia personalizada dos antigos cabeleireiros de Lisboa. Desde saberem o nome dos clientes a oferecerem café ou chá enquanto se espera, a satisfação e agrado do cliente são o forte da casa.

Os funcionários são profissionais e prestam um óptimo serviço (mesmo sendo low-cost...) e a oferta é também bastante diversificada: cabeleireiro, estética, manicure, pedicure, massagens...

O moderno mistura-se com o tradicional e tanto oferecem técnicas modernas como os implantes de sobrancelhas ou as unhas de acrilico, como também ainda por lá circulam os frasquinhos roxos que as senhoras de idade mais avançada tanto gostam!

Ah! E como por aqui a tradição ainda é o que era.... Na hora da saída não pode faltar o  "miminho" no bolso de quem nos atendeu!

Sem dúvida, um 2 em 1 de sucesso!!!

As compras de sábado no Mercado de Alvalade #1

No sábado de manhã, as compras no mercado foram estas! 

Não vou mentir, o funcionamento dos preços aqui é um bem mais livre e os produtos são geralmente um pouco mais caros. Mas nem todos! E a diferença também não é assim tão grande em muitos dos produtos... Provavelmente a maior diferença de preço que se encontra é no peixe, que de uma maneira geral, é sempre mais barato nas outras superfície devido às promoções que todas as semanas existem. 

No mercado, é preciso também escolher, porque nem tudo o que se vende é "fresquinho e bom" como eles apregoam. E muito menos justifica o valor que por vezes pedem pelos produtos... Mas acho que é possível virmos para casa com produtos de bastante qualidade sem sentirmos que acabamos de ser assaltados! 

O mercado de Alvalade tem bastante movimento, muitas bancas e muito por onde escolher! Vale a pena a visita. Ah! E para aqueles que tem os cartões de refeições (Por exemplo, Euroticket, etc) existem várias bancas que os aceitam, assim como Multibanco.

Inauguração

A criação deste blog surge da vontade de tornar determinados hábitos tradicionais em rotinas dos tempos actuais.

Morar em Lisboa, trabalhar nos arredores e com horários nem sempre "normais", é uma das combinações ideais para se cair no mais comum dos hábitos das cidades: comprar tudo num único sitio e se possível de uma só vez! E onde é que isso é possível sem grande dificuldade? Nas grandes superfícies, claro... A verdade é que é esta a realidade da grande maioria das famílias portuguesas que moram na Grande Lisboa e por isso mesmo, as portas do comércio local e de rua, continuam a fechar... As ruas, outrora cheias de vida e movimento, passam a ser dormitórios, parques de estacionamento e aglomerados de serviços. E os shoppings atulham-se ao fim-de-semana com famílias a resolver uma lista interminável de tarefas, de uma só vez!!!

Na grande maioria das vezes, as opções fáceis tornam-se hábitos e acabamos por nos esquecer que existem alternativas e que as nossas rotinas podem ser diferentes... Porque no fundo, quem é que não gosta de andar na rua e ser abordado pelo cheiro de  fruta madura, só porque acabou de passar à porta de uma frutaria? Quem é que não gosta de entrar na mercearia do bairro e ser abordado com a típica frase (e por mais cabelos brancos que se tenha!!!):  "Então menina(o), diga lá o que vai hoje?"... Quem é que não gosta de entrar no mercado e sentir de imediato aquela mistura de odores, barulhos e gentes?

Existem lembranças, de um comercio de rua cheio de movimento, que ainda podem ser (re-)vividos em muitos bairros de Lisboa.

O principal objetivo deste blog é partilhar a vontade de viver em Lisboa, tirando dela o melhor que ela tem para oferecer. A sua genuinidade, a sua tradição e o facto ser única! Vamos viver Lisboa e aproveitar tudo o que ela tem para oferecer...

Claro que não se pretende com isto voltar ou passado ou acreditar que podemos viver desenquadrados dos tempos actuais! Claro que não... Mas nem tudo o que é passado, tem que ser esquecido. A tradição já não é o que era, mas ainda tem muito para nos oferecer! Vamos atrás do genuíno, do tradicional, da qualidade, das nossas boas lembranças... Felizmente ainda temos tanto por onde escolher!

Juntem-se nesta viagem! Nem que seja para relembramos que ainda existem muitas formas de viver em Lisboa!

Por fim e a título inaugural, deixo aqui uma das mais bonita homenagem dos últimos tempos. Uma música linda, sobre uma cidade maravilhosa, de um artista consagrado e num tributo fabuloso de grandes cantores portugueses!

Bem-vindos!!!